Resumão Sucessão Ecológica

Os ecossistemas são entidades dinâmicas que têm a capacidade de reagir às variações climáticas, à intervenção do homem e, de um modo geral, às múltiplas influências dos seres vivos.
A sucessão ecológica é o processo que ocorre quando essas alterações são mais profundas ou surgem novas áreas, devido a fenômenos geológicos. Este processo consiste na sequência de comunidades que vão ocorrendo numa determinada área. É o aspecto mais evidente da evolução dos ecossistemas e, de um modo geral, começa por espécies pioneiras, que são substituídas gradualmente por outras mais complexas e exigentes em relação aos fatores ambientais. Este processo estabiliza quando se desenvolve uma comunidade que está em equilíbrio com as condições existentes - a comunidade clímax.
Numa rocha nua (recém exposta), por exemplo, poucos seres encontram condições mínimas de sobrevivência. Assim, os líquens são, geralmente, os primeiros organismos que se instalam nessas áreas, ou seja, as espécies pioneiras.
O aumento progressivo da matéria orgânica e da espessura do solo, que permite a retenção de maior quantidade de água, constitui uma condição propícia para a fixação sucessiva de outros seres vivos, como musgos, ervas, arbustos (organismos intermediários) e, finalmente, árvores.
Ao longo da evolução deses ecossistemas, os animais instalam-se também, progressivamente, desde que existam os elementos indispensáveis ao seu desenvolvimento.
Estes acontecimentos constituem um exemplo de sucessão primária, pois ocorrem numa área que anteriormente não estava ocupada por seres vivos.
Quando uma comunidade é destruída, inicia-se igualmente um processo de sucessão ecológica - a sucessão secundária. Esta é, em geral, mais rápida pois as condições do meio são mais adequadas ao desenvolvimento dos seres vivos.
(Texto extraído do livro Terra Vida7 de Ana Isabel Leite et al.)

Em síntese:

• Sucessão ecológica: sequência de comunidades que vão ocorrendo numa determinada área.
• Espécies pioneiras: as primeiras a se instalarem durante uma sucessão ecológica (geralmente, os líquens).
• Espécies intermediárias: ocorrem após a instalação dos pioneiros e antes do clímax (musgos, samambaias, capim).
• Clímax: quando uma comunidade atinge seu grau máximo de desenvolvimento e equilíbrio, ou seja, é quando a sucessão ecológica chega ao seu ponto máximo.
• Sucessão primária: aquela que se desenvolve em um ambiente desprovido de matéria orgânica, como uma rocha nua.
• Sucessão secundária: aquela que se desenvolve em um ambiente onde já existiu uma comunidade e que ainda possui matéria orgânica, como numa floresta após uma queimada.

Pra quem acha que nunca viu: líquens (acinzentados) e musgos (verdinhos) coexistindo pacificamente na casca de uma árvore. Foto tirada no bosque do Museu do Catetinho.